TCU cria força-tarefa para monitorar estatais com alto risco fiscal
- Ananda Moura

- 13 de nov.
- 2 min de leitura
13/11/2025
O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou, nesta quarta-feira (12), a criação de uma força-tarefa para acompanhar de perto nove estatais federais classificadas como de alto risco fiscal, entre elas os Correios e a Casa da Moeda. A iniciativa foi tomada após um levantamento do Tesouro Nacional apontar fragilidades que podem gerar impacto direto nas contas públicas.

A nova estrutura de fiscalização será dividida em cinco áreas de atuação: gestão e inovação, desempenho financeiro, gestão de pessoal, contratações e tecnologia da informação. Segundo o presidente do TCU, Vital do Rêgo, a meta é examinar não apenas o quadro financeiro dessas empresas, mas também aspectos de governança e eficiência operacional.
Radiografia das estatais monitoradas
O levantamento do Tesouro mostra que a situação varia entre as estatais:
A Empresa Gestora de Ativos registrou melhora no caixa e reduziu a necessidade de aportes emergenciais.
A Companhia Docas do Rio Grande do Norte enfrenta risco financeiro por causa de contratos de arrendamento e da possível saída do Porto de Maceió, responsável por 72% da receita estimada para 2024.
A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional está exposta a riscos elevados devido aos investimentos em Angra 1 e às incertezas sobre a conclusão de Angra 3.
Correios continuam acumulando resultados negativos, aumentando a chance de socorro financeiro por parte da União.
A Casa da Moeda, apesar da alta na receita, viu o lucro líquido despencar 74%, registrando prejuízo operacional — ainda que mantenha liquidez para honrar obrigações.
A Infraero teve prejuízo de R$ 228,7 milhões e queda de 71% na receita líquida, reflexo da concessão de aeroportos. A estatal prepara um novo plano de negócios para tentar reequilibrar as contas.
O diagnóstico faz parte do relatório anual do Tesouro sobre riscos fiscais, documento que identifica fatores capazes de comprometer o planejamento orçamentário federal. A análise ajuda o governo a agir preventivamente, evitando impactos inesperados nas contas públicas e garantindo maior transparência nos gastos.









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