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STF analisa mudanças que podem tornar mais difícil o impeachment de ministros da Corte

03/12/2025

Nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal chegou a enfrentar um processo de impeachment no Congresso Nacional, apesar de mais de 70 pedidos terem sido protocolados e arquivados pelos presidentes do Senado nos últimos seis anos. Mesmo com o histórico de baixa tramitação, o STF poderá impor novas barreiras legais ao processo, ao julgar ações que propõem endurecimento das regras previstas na Lei dos Crimes de Responsabilidade.

STF analisa mudanças que podem tornar mais difícil o impeachment de ministros da Corte
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O assunto será analisado em plenário virtual, entre 12 e 19 de dezembro, modalidade em que os ministros apenas registram seus votos, sem debates ou sustentações orais. As ações foram protocoladas em setembro pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo partido Solidariedade, que defendem critérios mais rígidos para iniciar a cassação de integrantes do tribunal, com o argumento de que mecanismos atuais permitem “perseguições políticas”.


Hoje, pela Lei nº 1.079/1950, qualquer cidadão pode apresentar ao Senado um pedido de impeachment contra ministros do STF. As ações sugerem que apenas o procurador-geral da República tenha essa prerrogativa. As proposições demandariam alteração legislativa, que em tese caberia ao Congresso, mas estão sendo submetidas ao controle constitucional do Supremo.


Propostas para endurecer o processo

Além de restringir quem pode apresentar denúncias, a AMB e o Solidariedade defendem que a abertura do processo exija aprovação de dois terços do Senado, em vez da maioria simples, como ocorre atualmente. As entidades sustentam que a ausência de salvaguardas coloca em risco a independência do Judiciário e que parte das normas da lei de 1950 não foi absorvida pela Constituição de 1988.


Em setembro, o ministro Gilmar Mendes solicitou manifestações do Congresso, da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República.


Posicionamento da Procuradoria-Geral da República

A PGR argumentou que ministros do Supremo estão expostos a tentativas de criminalização por parte de cidadãos insatisfeitos, o que prejudicaria o exercício de uma função contramajoritária. O órgão defendeu que apenas o procurador-geral possa propor denúncias e afirmou que a legislação atual, criada em contexto político diferente, deve ser atualizada.


Para o procurador-geral Paulo Gonet, decisões judiciais não podem ser confundidas com crimes de responsabilidade. Ele citou a Lei nº 13.869/2019, que exclui divergências interpretativas da configuração de abuso de autoridade, e classificou como “banalização” o volume de pedidos de impeachment: 78 até outubro de 2025.


Segundo matéria da Revista Oeste, a PGR também defende que o quórum qualificado de dois terços seja exigido para a abertura do processo, e criticou regras da Lei nº 1.079/1950 que permitem afastamento automático e redução salarial, por considerá-las incompatíveis com a vitaliciedade e a inamovibilidade da magistratura.


Manifestação do Senado

A Advocacia do Senado defendeu a legislação vigente, afirmando que ela está em conformidade com a Constituição e que o afastamento cautelar e a redução temporária de vencimentos são medidas legítimas e proporcionais. O parecer também sustenta que permitir que qualquer cidadão apresente denúncias materializa o princípio republicano e reforça o controle social sobre o poder.


Segundo o Senado, o uso de maioria simples para admitir a denúncia é constitucional, já que o quórum de dois terços deve ser aplicado apenas ao julgamento final. A decisão inicial cabe ao presidente da Casa — no caso de pedidos contra ministros do STF — antes de eventual deliberação do plenário.


A discussão no Supremo pode ter impacto direto sobre o alcance dos mecanismos de responsabilização de ministros e sobre o equilíbrio entre proteção institucional e controle democrático.

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Thiago Manzoni é cristão, conservador e atua como Deputado Distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal defendendo a família, a liberdade, o empreendedorismo e a redução de impostos.

 

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