EUA ampliam sanções e incluem mulher e empresa de Moraes na Lei Magnitsky
- Ananda Moura

- 22 de set.
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22/09/2025 O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (22), a inclusão de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nas sanções financeiras e territoriais da Lei Global Magnitsky. A medida também atinge a empresa do ministro, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos.

O ministro já havia sido alvo das sanções desde 30 de julho. O novo pacote, segundo fontes citadas pelo Uol, começou a ser elaborado após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF, por suposta tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A sentença foi definida por quatro votos a um.
As medidas ampliam a crise diplomática que se arrasta há mais de dois meses, quando o presidente norte-americano Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Ele justificou a decisão pelas ações do STF em relação ao julgamento de Bolsonaro e à regulação de conteúdos em plataformas digitais, classificadas como violações à liberdade de expressão.
Além das tarifas, os EUA já haviam imposto restrições de visto a ministros do STF e do governo brasileiro e incluído Alexandre de Moraes nas sanções da Lei Magnitsky. A sobretaxa comercial entrou em vigor em 6 de agosto.
Trump comparou a condenação de Bolsonaro ao processo que ele próprio enfrentou após os atos de seus apoiadores no Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. O republicano afirmou estar “muito descontente” e disse: “Fizeram com ele o que tentaram fazer comigo e não conseguiram.”
O secretário de Estado, Marco Rubio, reforçou que os EUA responderiam ao que chamou de “caça às bruxas” e perseguição judicial. Já a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que as sanções e tarifas fazem parte da defesa da liberdade de expressão e ressaltou que Trump está disposto a usar “poderio econômico e militar” para sustentar esse princípio.









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