Cabos furtados no DF somam extensão de 500 campos de futebol
- Ananda Moura

- 29 de set.
- 2 min de leitura
Prejuízo passa de R$ 1 milhão em 2025 e casos aumentam 46% em relação ao ano anterior

29/09/2025 O furto de cabos de energia tem deixado ruas e avenidas do Distrito Federal às escuras e causado sensação de insegurança à população. Segundo a CEB IPes, responsável pela iluminação pública, apenas entre janeiro e julho deste ano foram levados 57 quilômetros de cabos — o equivalente a 500 campos de futebol enfileirados. O prejuízo estimado é de R$ 1,1 milhão.
No mesmo período de 2024, foram 39 km furtados, com perdas de R$ 772 mil. O aumento é de 46% em apenas um ano.
Regiões mais afetadas
A companhia aponta que as quadras 700 e 900 da Asa Norte e Asa Sul concentram grande parte dos crimes. Na 714 Norte, por exemplo, foram 20 ocorrências em 2024 e 15 casos já registrados em apenas sete meses de 2025.
Locais como o fim do Eixão Sul, entrada da EPGU e arredores do Estádio Mané Garrincha também são alvos frequentes. Em muitos pontos, a manutenção não consegue acompanhar a velocidade dos furtos.
População sofre com a escuridão
A falta de iluminação transforma o cotidiano em insegurança.
Cleanto Araújo Ferreira, autônomo de 47 anos, diz que passa todos os dias pelo Mané Garrincha e encontra escuridão: “É um problema grave, principalmente nesta área”.
Na W3 Norte, altura da 714, a dona de banca Maria Celizene, 51, relata que só há luz porque seu comércio ilumina a parada de ônibus próxima.
Já o aposentado Arquibaldo Fraga, 77, morador da 715 Sul, afirma que técnicos consertaram apenas parte dos postes da sua rua: “Alguns continuam apagados, bem em frente à minha casa”.
Situação se repete em outras regiões
Bairros como Ceilândia, Águas Claras, Guará e Sudoeste também sofrem com a escuridão. Postes desligados deixam grandes áreas vulneráveis, aumentando riscos de assaltos e de acidentes no trânsito.
A CEB IPes afirma que continuará realizando reposições, mas reforça que os furtos reiterados desafiam a manutenção. Em alguns trechos, como no Eixo W Norte, moradores relatam que a única iluminação vem da própria lua.









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