Polícia identificou 70 criminosos armados que protegiam casa de líder do Comando Vermelho na Penha
- Ananda Moura

- 13 de nov.
- 1 min de leitura
13/11/2025
Antes do início da megaoperação no Complexo da Penha, as forças de segurança do Rio de Janeiro já monitoravam a presença de cerca de 70 traficantes armados com fuzis, posicionados na entrada de um dos imóveis ligados a Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como liderança do Comando Vermelho na região.

A informação aparece no depoimento do delegado Moysés Santana Gomes, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, prestado ao Ministério Público fluminense. Após ser ouvido na segunda-feira, 10, o material foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, atendendo a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que também solicitou dados do governo estadual, do Tribunal de Justiça e da Defensoria Pública.
Segundo o delegado, drones já haviam identificado o grupo armado reunido nas proximidades da residência de Doca antes mesmo da entrada das equipes policiais no complexo, confirmando a vigilância armada.
Uso de câmeras corporais ficou abaixo do exigido pelo STF
Outro ponto do relatório enviado ao Supremo trata do uso de câmeras corporais. O documento afirma que a maioria dos agentes das unidades de elite não utilizava o equipamento, apesar da ordem da Corte para que todos os policiais mobilizados no Rio atuem com câmeras durante operações.
No Bope, dos cerca de 215 militares escalados, apenas 77 tinham acesso ao dispositivo. Na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o cenário também ficou aquém das exigências: somente 57 dos 128 agentes estavam equipados.
O delegado Fabrício Oliveira, chefe da Core, explicou que a unidade possui cerca de 100 câmeras, mas enfrentou falhas técnicas fornecidas pela empresa responsável pelo sistema. Por esse motivo, 32 equipamentos estavam indisponíveis no dia da operação.









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