Polícia identifica depósito de drogas do Comando Vermelho em escola da Zona Oeste do Rio
- Ananda Moura

- 19 de nov.
- 2 min de leitura
19/11/2025 A Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro, foi alvo nesta quarta-feira, 19, de mais uma fase da Operação Contenção — ação conjunta destinada a frear o avanço do Comando Vermelho e desarticular crimes ligados à facção. Participaram da ofensiva equipes da 34ª DP (Bangu), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, da Core e do Comando de Operações Especiais da PM.

No balanço parcial, 18 suspeitos foram presos e dois morreram após confronto com os agentes. Entre o material apreendido estavam dois fuzis, uma pistola e grande quantidade de drogas encontrada dentro da Escola Municipal Joaquim Edson de Camargo. Segundo as investigações, o CV vinha utilizando o prédio como depósito clandestino — tática cada vez mais comum para dificultar a fiscalização.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, afirmou que esta etapa da operação tem como foco ações integradas para sufocar não só o braço armado da facção, mas também suas fontes de financiamento. “A organização criminosa se aproveita da expansão territorial para praticar toda a gama de crimes. Com investigação e ações coordenadas, estamos enfraquecendo essa estrutura”, disse.
A Secretaria Municipal de Educação informou que a droga foi localizada em uma área desativada da escola, que estava fechada no momento da apreensão em razão do programa “Acesso Mais Seguro”, desenvolvido em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Em nota, a pasta repudiou o uso do espaço escolar para atividades criminosas.
Segundo reportagem da Revista Oeste, os efeitos foram sentidos em toda a região: ao menos 16 escolas suspenderam as aulas e dois postos de saúde não abriram devido ao confronto. Além disso, 32 linhas de ônibus tiveram trajetos alterados para garantir a segurança de passageiros e funcionários.
O secretário estadual de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que as forças de segurança seguem atuando de forma integrada “para enfraquecer a estrutura desta organização criminosa que insiste em desafiar o Estado”.









Comentários