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Os alertas que um campeão brasileiro do Fisiculturismo, Taxad e o DREX (Real digital) podem nos dar

Ramon Dino, fisiculturista brasileiro que ganhou o prêmio no Mr.Olympia (principal competição desse gênero esportivo), expÓs uma situação que nos invoca à uma reflexão bastante atual e importante. Em vez de trazer o prêmio de 100 mil dólares para o Brasil, o fisiculturista preferiu manter o prêmio nos EUA, sendo tributado lÔ, para evitar a pesada tributação brasileira. Uma decisão, no mínimo, elementar e sensata.


brasileiro campeão nos EUA

Isso expõe duas coisas bastante claras: o nível da tributação brasileira encontra-se, comparativamente aos outros países, bastante elevado - e aliÔs só tem aumentado com a voracidade da dupla LULA & TAXAD - e o brasileiro estÔ cansado de pagar tantos impostos a ponto de começar a expor isso, publicamente, a repelir em alta voz a sanha arrecadatória. A reflexão que isso nos traz, que exporei a seguir, é de cunho tanto econÓmico, como também relativo às nossas liberdades. E não custa lembrar que o preço da Liberdade é a nossa eterna vigilância - contra os arbítrios e o controle do Leviatã estatal.


Somos um paĆ­s cujo projeto Constitucional de 1988 colocou a carroƧa em frente aos bois. Nossa Carta Magna teve um cunho socialista, um programa dirigista e intervencionista, no que tange Ć s questƵes econĆ“micas e de configuração do Estado. Isso provocou dois efeitos deletĆ©rios: uma perene e crescente arrecadação para tentar fazer frente ao ā€œWelfare Stateā€ que a Constituição estruturou, bem como um entrave ao crescimento e desenvolvimento econĆ“mico. Muitos na Esquerda, tanto da base da militĆ¢ncia como no triunvirato da Academia Keynesianista-Socialista (Unicamp, UERJ e UFRJ)Ā  gostam de dizer que ā€œora, mas os paĆ­ses escandinavos e as sociais-democracias europeias tĆŖm alta renda e tributam muitoā€, como se o altĆ­ssimo gasto Ć© que tivesse engendrado o crescimento. Militantes se valerem desse sofisma Ć© atĆ© previsĆ­vel, porĆ©m acadĆŖmicos nĆ£o - o que nos leva a concluir que sĆ£o mais militantes engomados do que pesquisadores de verdade.

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O livro ā€œO mito do governo grĆ”tis: O mal das polĆ­ticas econĆ“micas ilusórias e as liƧƵes de 13 paĆ­ses para o Brasil mudarā€ do professor Paulo Rabello de Castro desmistifica a questĆ£o dos paĆ­ses escandinavos e demonstra que, historicamente, eles cresceram economicamente primeiro, em um ambiente de liberdade econĆ“mica, para depois de fato, aumentarem o tamanho do Estado. Somente quando puderam arcar com a pesada conta Ć© que foram construir um robusto ā€œWelfare Stateā€, mantendo-se, ainda, entre os top 20 paĆ­ses de maior liberdade econĆ“mica do mundo atĆ© hoje. No Brasil, tentamos fazer o inverso: conceder um Estado de Bem-Estar Social antes de termos PIB ou renda suficiente para arcar com ele (em um ambiente de baixa liberdade econĆ“mica). A ordem dos fatores, neste caso, altera o produto… E a razĆ£o de o crescimento necessariamente ter de preceder o Estado de Bem-estar social Ć© bem evidente, como veremos a seguir.


qualidade de vida e liberdade dos paĆ­ses escandinavos

Quando a arrecadação Ć© muito alta, muito dinheiro Ć© vertido para a burocracia do Estado e pouco sobra para o setor produtivo. E, aliĆ”s, nĆ£o nos iludamos: o crescimento produtivo Ć© movido e criado pelas mĆ£os e suor do setor privado, ou seja, trabalhadores e empreendedores. SĆ£o eles, que por meio de seu esforƧo criativo e laboral, da tomada de risco, que criam a riqueza. O Governo Ć© apenas um consumidor ou beneficiĆ”rio desses recursos gerados pelos entes privados. AliĆ”s, como dizia Margaret Thatcher ā€œNĆ£o existe dinheiro pĆŗblico, existe dinheiro do pagador de impostosā€. O fato Ć© que quando o Estado muito arrecada, pouco sobra aos demais cidadĆ£os para se investir em maquinĆ”rio industrial, para dar aumento aos funcionĆ”rios, ou mesmo pouco sobra para os trabalhadores gastarem consigo mesmo, seja para se aperfeiƧoar tecnicamente ou mesmo gastar em seu lazer.


Ou seja, sobram poucos recursos ao setor privado e esse problema Ć© agravado ainda mais porque o governo, ao ser um voraz arrecadador, alimenta a inflação que causa a subida dos juros (SELIC), bem como come uma parcela grande da poupanƧa nacional (via tĆ­tulos pĆŗblicos). O conjunto desses fatores pressiona o custo de crĆ©dito para cima e, assim, torna o custo de dĆ­vida Ć s empresas e ao cidadĆ£o em geral mais caro. E para tornar essa questĆ£o ainda pior, hĆ” ainda muito protecionismo a certos setores empresariais, muitas regras que nĆ£o sĆ£o tributariamente isonĆ“micas e, assim, premiam-se certos setores e empresĆ”rios ā€œamigos do reiā€, tornando a alocação do capital produtivo e a geração final de renda e emprego mais dificultosa e ineficiente. O Estado brasileiro promove e realimenta distorƧƵes entre aqueles que geram riqueza.


E diz o ditado que ā€œnĆ£o hĆ” nada tĆ£o ruim que nĆ£o possa piorarā€. O DREX (tambĆ©m chamado de o Real Digital) vem aĆ­ e temos preocupantes riscos no horizonte. Se cada vez mais o Estado avanƧa, insaciĆ”vel, contra os nossos bolsos, querendo ajustar as contas nunca por redução e rearranjo de seus gastos, para promover eficiĆŖncia, mas sim por meio dessa postura intransigente de arrecadar mais, com o DREX as coisas só vĆ£o ladeira abaixo. O pior Ć© que (para fazer um parĆŖntese) o governo Lula teve seu aumento de arrecadação desejado frustrado recentemente, pela derrota sofrida na Medida Provisória 1303/2025, o que demonstrou que o Congresso e a sociedade nĆ£o aguentam mais impostos. Mas, claro, o LeviatĆ£ nunca se dĆ” por vencido... E Ć© aĆ­ que entra o DREX, permitindo que a Receita Federal tenha mais controle e vigilĆ¢ncia sobre as nossas vidas e nosso patrimĆ“nio, podendo, por outros meios, arrecadar ainda mais.


Se por um lado haverÔ mais facilidades e modernização em transações financeiras, hÔ sérios debates e preocupações mais do que legítimas acerca de como se evitar a violação ao sigilo bancÔrio, um direito e garantia fundamental protegido pela Constituição. Seja pelo mau-uso de autoridades e burocratas (de forma dolosa), para constituir dossiês e controlar opositores políticos (como visto em 2010, na primeira campanha de Dilma, com acesso a dados fiscais, via Receita Federal, do concorrente José Serra e de seus familiares), seja por vulnerabilidades tecnológicas inerentes ao sistema, que terÔ um alto grau de centralização, hÔ lacunas e riscos sistêmicos centralizados muito importantes e que podem ter difícil remediação. Se antes as transações financeiras eram realizadas de forma descentralizada pelos bancos, o que haverÔ serÔ um ambiente tecnológico de centralização de transações no Banco Central, que, diga-se de passagem, jÔ se demonstrou vulnerÔvel a ataques cibernéticos, como os vistos nos últimos meses.


Esse Real Digital (DREX) nos colocarĆ” em uma posição de vigiados 24 horas por dia por um ā€œBig Brotherā€ Estatal, o que muito provavelmente pode cercear e limitar as nossas liberdades. Historicamente sĆ£o raros os casos em que o Estado, depois de galgar mais degraus na vigilĆ¢ncia e na restrição das liberdades, voltou atrĆ”s ou se conteve em avanƧar cada vez mais, ainda que gradualmente. Podemos sofrer como o sapo que gradualmente vai sendo esquentado na panela atĆ© que nĆ£o consegue reagir e vai a óbito. Desse modo, mesmo com as melhores intenƧƵes de se agregar facilidade nas transaƧƵes, poderĆ” haver um aumento no escopo da vigilĆ¢ncia a ponto de cada compra, cada venda ou cada doação particular ser escrutinada de forma absoluta. Quanto mais controle aos burocratas e polĆ­ticos, menor Ć© o nosso grau de liberdade de bem dispor de nosso patrimĆ“nio, temos de nos lembrar.Ā 


big brother is watching you

Voltando ao caso do fisiculturista Ramon Dino, temos que ter em mente que com uma vigilĆ¢ncia cada vez mais forte via DREX, que darĆ” condiƧƵes Ć  Receita Federal nos vigiar e arrecadar ainda mais, o que teremos serĆ” um desincentivo e uma repulsĆ£o a fluxos financeiros de brasileiros, como o de Ramon (e quiƧƔ atĆ© de estrangeiros), que poderiam vir ao Brasil, movimentar a nossa economia, mas permanecerĆ£o no exterior, por lĆ” serem menos taxados e menos controlados. Ɖ imperioso relembrar que vivemos, atualmente, em um mundo muito mais globalizado e interconectado, em que os fluxos financeiros tĆŖm mais opƧƵes de acesso a jurisdiƧƵes em que sĆ£o tributariamente melhor tratados, de modo que podem contornar e evitar a jurisdição brasileira, por exemplo. Os Estados nacionais competirĆ£o cada vez mais entre si e quem for mais eficiente em tributar menos e entregar mais ao cidadĆ£o pagador de impostos, levarĆ” vantagem para atrair investimentos e gerar renda e empregos de maior qualificação, sugando os melhores cĆ©rebros - como os EUA jĆ” o fazem hoje.Ā 


Outra reflexĆ£o pontual, de carĆ”ter mais prospectivo, tambĆ©m Ć© pertinente: com a possibilidade de cidadania digital (vide o caso emblemĆ”tico da EstĆ“nia), a própria competição entre os Estados se tornarĆ” ainda mais intensa. A residĆŖncia digital (E-residency) permite a estrangeiros abrir empresas online na EstĆ“nia, mesmo que nĆ£o residam fisicamente na UniĆ£o Europeia. Essas empresas terĆ£o residĆŖncia digital no paĆ­s, pagando impostos ao Estado estoniano, que aliĆ”s, sĆ£o relativamente mais baixos do que os nossos. Com esse tipo de facilidade e em um mundo cada vez mais digital, os paĆ­ses que tratarem melhor aqueles que produzem e empreendem, sairĆ£o Ć  frente dos demais. E tudo que o Brasil tem feito, nos Ćŗltimos trĆŖs anos de Lula-Haddad, Ć© justamente na contramĆ£o disso: mais impostos, mais controle, menos liberdades. A Esquerda brasileira constitui o mais puro ā€œestado da arteā€ do atraso econĆ“mico e quem sofre as as consequĆŖncias Ć© o povo brasileiro...


pobreza e atrsao econƓmico brasileiro

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Thiago Manzoni é cristão, conservador e atua como Deputado Distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal defendendo a família, a liberdade, o empreendedorismo e a redução de impostos.

 

https://www.cl.df.gov.br/thiago-manzoni

dep.thiagomanzoni@cl.df.gov.br

61 3348-8082

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