Guilherme Veroneze

Lula e o PT podem ser acusados de muitas coisas. Corruptos e lenientes com aqueles que transgridem a lei, praticantes de estelionato eleitoral e detentores de uma (falsa) virtude e moral inabaláveis. De uma coisa, porém, não podemos acusá-los: de serem inconsistentes. Eles erram e persistem no erro com uma impressionável convicção ou até, por que não, prepotência. Foi assim no passado Dilmista, e é assim na gestão Lula, nas estatais.

Desde 2023, Lula tem adotado um discurso e medidas de cunho populista e eleitoreiro. Em 2025, essas ações preocupam por poderem levar o Brasil a uma nova “década perdida”, com baixo crescimento, recessões, inflação alta e instabilidade econômica, repetindo padrões das décadas de 1980-90 e 2010-20.

O Brasil possui uma das maiores cargas tributárias entre os países em desenvolvimento, arrecadando cerca de 33% do PIB — quase o dobro da média de 15% a 20% registrada por economias similares, segundo o Banco Mundial e a OCDE. Apesar de arrecadar em nível comparável ao de nações desenvolvidas, o país apresenta um retorno muito baixo em qualidade de serviços públicos e eficiência nos gastos.