Correios em falência e o legado do PT
- Guilherme Veroneze
- 17 de out.
- 3 min de leitura
Lula e o PT podem ser acusados de muitas coisas. Corruptos e lenientes com aqueles que transgridem a lei, praticantes de estelionato eleitoral e detentores de uma (falsa) virtude e moral inabaláveis. De uma coisa, porém, não podemos acusá-los: de serem inconsistentes. Eles erram e persistem no erro com uma impressionável convicção ou até, por que não, prepotência. Foi assim no passado Dilmista, e é assim na gestão Lula, nas estatais.
Os números de prejuízos com empresas estatais, que só pioram de forma consistente, no decorrer das gestões do PT, falam por si. Basta vê-los a seguir:

Em Dilma, a bola da vez foi a Petrobras, que foi usada de forma eleitoreira e como um antro de corrupção endêmica. Tivemos desde de decisões econômico-gerenciais dolosamente desastrosas - como o represamento artificial de preços feito para conter a inflação de forma fraudulenta (sangrando as finanças da empresa) e a decisão de comprar e de construir refinarias economicamente inviáveis (como Pasadena, Abreu e Lima, Comperj etc) - até a prática escancarada de corrupção, com um cartel de empreiteiras (sob coordenação de Lula, codinome “amigo do meu pai”) que se revezavam em contratações multimilionárias superfaturadas, desenvolvendo parte dos ganhos ilícitos para os bolsos dos petistas e seus consorciados.
O resultado foi que a Petrobras, que nunca foi a maior empresa do mundo, tornou-se a detentora da mais alta dívida corporativa do mundo. Os prejuízos sucessivos levaram a empresa à beira da falência. Por sorte do destino, os ventos políticos mudaram e, com isso, a direção da empresa também. As gestões Temer e Bolsonaro conseguiram levar a empresa a uma recuperação notável em pouco tempo. Nada como colocar homens competentes, com espírito público e com caráter para tocar uma empresa. E agora, sob Lula, o resultado da empresa começa a cair, como sempre ocorre na era PT.

Vindo para 2025, Lula e o PT mantiveram a sua coerência em lotear e quebrar empresas estatais. A vítima da vez são os Correios que se encontram em situação de pré-falência. A estatal, que sob as gestões Temer e Bolsonaro era lucrativa, agora entrou em seu pior momento sob as mãos do PT. Acumulou prejuízos superiores a 7 Bilhões (em 2 anos e meio) e o ritmo dessa piora só tem aumentado, semestre a semestre. O desastre chegou a tal ponto que os Correios agora precisarão passar o chapéu e pedir empréstimos (aos bancos públicos) em uma cifra que chega a R$ 20 Bilhões, para sanear suas finanças, pagar salários atrasados, pagar outras dívidas e pagamentos atrasados com fornecedores.

Porém, mantendo a tendência e o comportamento consistente do PT, observado ao longo dos últimos 22 anos (um longo período para servir de sólida base de análise), o que ocorrerá é o acúmulo de mais prejuízos e, dada a piora severa de resultados, esses empréstimos de 20 Bilhões com os bancos públicos terão de ser saldados pelo Tesouro Nacional (União). Em outras palavras, esses 20 Bilhões (mais multas e juros) serão pagos por todos nós, já que o governo não cria dinheiro, mas sim arrecada de nós, do nosso bolso.
Se em Dilma houve o legado da Petrobras flertando com o precipício, agora em Lula temos os Correios em situação parecida. Mas há um agravante: o nosso quadro fiscal é ainda mais preocupante e Lula se demonstra cada vez mais teimoso e confiante em sua (falta de) capacidade de vencer desafios tão hercúleos que ele próprio criou para si, ao decidir acelerar os gastos desmesuradamente e lotear as estatais. Mas, precisamos reconhecer que não é nenhuma surpresa que tudo isso esteja ocorrendo.
Só nos preocupa ainda mais que o povo brasileiro ainda não tenha entendido a dimensão de todo esse legado que Lula deixará. Um país fiscalmente quebrado com estatais também quebradas. E depois, quando o pêndulo virar e o Lula perder a eleição, indo para a oposição, sabemos bem o que os petistas e a esquerda dirão. Farão a ladainha do “estão vendo como querem vender as estatais a preço de banana?”, quando quem destruiu o valor de mercado delas foi o próprio PT. E farão a ladainha do “vejam quanto corte de gastos e contingenciamento de gasto público essa Direita fascista está praticando!”, sendo que o próprio PT é quem estourou e muito o cheque especial, o cartão de crédito levando os juros pagos a níveis quase de agiotagem.. Criticarão o resultado final e atribuírão a culpa de tudo que eles próprios fizeram, de todo o seu legado desastroso, a quem for assumir o poder em seguida. Como diria Homer Simpson "a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser". Anotem e confiram.









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