Número 13 vira obstáculo para corretora de imóveis em Goiânia
- Ananda Moura

- 3 de dez.
- 2 min de leitura
03/12/2025 A corretora de imóveis de luxo Ludmila Balduino, que atua em Goiânia, relatou nas redes sociais enfrentar resistência constante de compradores quando o imóvel localizado no 13º andar entra na negociação. Segundo ela, o simples ato de apertar o botão com o número 13 no elevador costuma gerar reação imediata dos clientes.

Em vídeo que viralizou, Ludmila afirma não abordar política, mas reconhece que percebe o número como fator de rejeição. Ela relata que “sempre observa a reação” ao levar clientes ao 13º andar e afirma não lembrar de atender compradores simpáticos ao PT. “Os meus clientes, todos são contra”, declarou.
Construtoras evitam o 13º andar
Esse comportamento se soma a uma tendência já identificada no mercado imobiliário: empreendimentos em cidades como Goiânia, São Paulo e Curitiba têm excluído o 13º da numeração oficial, adotando 12A ou passando diretamente para o 14º. O objetivo, segundo o setor, é atender à preferência dos consumidores.
Imobiliárias também relatam recusa a vagas de garagem, depósitos e unidades que contenham o número 13. Há registros de condomínios de alto padrão que alteraram a numeração após debates internos acalorados.
Contexto político reforça rejeição
A resistência ao número 13 ocorre num ambiente político marcado pelo conservadorismo. Segundo matéria da Revista Oeste, pesquisa da Quaest mostra que Goiás tem um dos maiores percentuais de eleitores que se declaram de direita no Brasil: 26%, atrás apenas do Paraná (28%). Além disso, 18% dos goianos dizem apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre compradores de imóveis de alto padrão, especialmente ligados ao agronegócio, o apoio ao ex-presidente tende a ser maior, o que contribui para o incômodo simbólico com o número associado ao PT.









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