Lula volta a pressionar o Banco Central por redução dos juros e critica setor financeiro
- Ananda Moura

- 21 de out.
- 2 min de leitura
20/10/2015
Durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar publicamente uma redução da taxa de juros pelo Banco Central. Em tom de cobrança, o petista afirmou que o país precisa de “uma política monetária decente” e que a atual taxa, mantida em 15% ao ano, prejudica a economia e o acesso ao crédito.

Lula defendeu que o setor produtivo e o sistema financeiro lucrem de forma equilibrada, sem “extorquir o povo”, e sugeriu que os bancos poderiam emprestar a juros mais razoáveis. O discurso também teve como alvo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presente ao evento, a quem Lula lembrou que o impacto das taxas elevadas “recai sobre nós dois”.
O presidente também criticou empresários que, segundo ele, se beneficiam de desonerações fiscais, mas resistem a contribuir para o equilíbrio econômico.
“Os empresários que reclamam de nós têm praticamente R$ 500 bilhões de desoneração e isenção fiscal, e eles não querem baixar 1% disso. É preciso que a gente tenha firmeza de dizer de que lado a gente está e para quem de verdade a gente quer governar”, afirmou.
O Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano pela segunda vez consecutiva em setembro, o maior patamar em quase duas décadas, indicando que o índice deve permanecer alto por mais tempo para conter a inflação.
De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,17% nos últimos 12 meses até setembro, ligeiramente acima dos 5,13% registrados em agosto — resultado que reforça o desafio do governo em conciliar crescimento econômico e controle inflacionário. *Com informações da Jovem Pan









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