Líder da oposição propõe CPMI para investigar gastos da COP30: “símbolo de desperdício e corrupção internacionalizada”
- Ananda Moura

- 10 de nov.
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10/11/2025
O líder da oposição no Congresso Nacional, deputado Luciano Zucco (PL-RS), anunciou nesta segunda-feira (10) que está articulando a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar supostas irregularidades na organização da COP30, que acontece em Belém (PA). Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar classificou o evento como um “escândalo”, além de um “símbolo de desperdício, má gestão e corrupção internacionalizada”.

No centro das denúncias feitas por Zucco está a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), uma ONG espanhola contratada sem licitação pelo governo federal para atuar na organização de eventos da cúpula do clima. Segundo o deputado, a OEI já recebeu cerca de R$ 1 bilhão por meio de um mecanismo de “cooperação técnica internacional”.
O parlamentar afirma que, apesar dos valores elevados, os eventos preparatórios da COP30 têm sido marcados por estruturas precárias, atrasos e custos abusivos. Ele acusa a OEI de funcionar como “atravessadora de contratos públicos”, subcontratando “empresas amigas do governo” e retendo taxas de até 10% sobre os valores repassados.
Zucco também informou que protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) em março, pedindo a suspensão dos repasses e uma auditoria sobre os contratos firmados. Segundo ele, o processo, que está sob relatoria do ministro Bruno Dantas, já identificou “fortes indícios de sobrepreço”.
O deputado disse ainda que a criação da CPMI busca “dar transparência ao uso dos recursos públicos” e responsabilizar quem transformou um evento ambiental em plataforma de negócios e autopromoção política.









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