top of page

Justiça determina inclusão da JBS e outras empresas na lista suja do trabalho escravo

04/12/2025 A juíza do Trabalho substituta Katarina Roberta Mousinho de Matos determinou que a JBS Aves, a Santa Colomba e a Associação Comunitária de Produção e Comercialização do Sisal (Apaeb) sejam incluídas, no prazo de cinco dias, no Cadastro de Empregadores que utilizam trabalho análogo ao de escravo, conhecido como “lista suja”. A decisão, tornada pública nesta semana, prevê multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.

Justiça determina inclusão da JBS e outras empresas na lista suja do trabalho escravo
Foto: Divulgação

O cadastro é administrado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e é considerado uma das principais ferramentas de enfrentamento ao trabalho escravo no país. A decisão judicial atendeu a um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que questionou ações do ministro Luiz Marinho que suspenderam a entrada de empresas no cadastro mesmo com processos administrativos concluídos.


A magistrada também proibiu avocações indevidas, sigilo sobre decisões e dispensa de publicação de atos. Ela alertou que o descumprimento pode caracterizar crime de responsabilidade, improbidade, desobediência e responsabilização pessoal. Katarina classificou como grave a tentativa de “impor sigilo injustificável” para impedir o controle social e judicial, e citou que a Portaria Interministerial nº 4/2016 veda interferência política no processo.


Fiscalização encontrou trabalhadores em situação degradante

Em abril, auditores do MTE resgataram ao menos dez pessoas em granjas do Rio Grande do Sul vinculadas à cadeia de fornecimento da JBS Aves. Os fiscais relataram jornadas de até 16 horas diárias e condições degradantes. A empresa afirmou ter “tolerância zero” com violações trabalhistas, e disse ter bloqueado a terceirizada e rescindido o contrato tão logo tomou conhecimento do caso.


Segundo matéria da Revista Oeste, o MPT considerou mais grave o fato de que uma das decisões administrativas determinou que o ato não fosse publicado, o que, segundo o órgão, impediu transparência sobre medidas de combate ao trabalho escravo.


Em setembro, a consultoria jurídica do MTE avaliou como “legal e adequada” a avocação, em parecer assinado pelo procurador federal Ricardo Augusto Panquestor Nogueira. O MPT entrou com ação contra a União para restabelecer as empresas no cadastro, argumentando que apenas empregadores que já esgotaram todos os recursos administrativos podem ser incluídos na lista.


A JBS Aves é parte do grupo J&F, controlado pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, que detêm marcas como Friboi, Serasa, PicPay, Banco Original e Eldorado Brasil Celulose.

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
  • Twitter
  • Instagram - White Circle
  • Facebook - Círculo Branco
  • TikTok
  • YouTube - Círculo Branco
  • Pinterest
  • Flickr
  • LinkedIn

Thiago Manzoni é cristão, conservador e atua como Deputado Distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal defendendo a família, a liberdade, o empreendedorismo e a redução de impostos.

 

https://www.cl.df.gov.br/thiago-manzoni

dep.thiagomanzoni@cl.df.gov.br

61 3348-8082

Informe seus dados e acompanhe várias  novidades.

Preenchendo o formulário você concorda em receber mensagens relacionadas a questões políticas e sociais, mandato eletivo e campanha eleitoral do Thiago Manzoni via email, whatsapp e/ou outras plataformas. Para mais informações, veja nossa política de privacidade.
PL_2023##.png

© 2025 Thiago Manzoni. Todos os direitos reservados.

bottom of page