Escola do Guará reforça segurança após agressão e DF avança em medidas de proteção nas salas de aula

23/10/2025 A segurança no Centro Educacional 4 (CED 4) do Guará foi reforçada após a agressão contra um professor dentro da unidade, registrada na última segunda-feira. A equipe do Correio Braziliense acompanhou a movimentação de policiais militares durante a entrega das notas do bimestre. A Secretaria de Educação afirmou que acompanha o caso para garantir tranquilidade a alunos, servidores e famílias.

Foto: Davi Cruz

O episódio ganhou repercussão após câmeras de segurança mostrarem o professor sendo atacado com socos e chutes pelo pai de uma aluna. Segundo relato feito à Polícia Militar, a situação começou quando o educador pediu que a estudante não utilizasse o celular em sala de aula. O confronto só terminou quando a própria filha conteve o agressor. O professor registrou ocorrência e afirmou estar emocionalmente abalado.

Defesa do acusado e relatos de alunos A defesa do pai informou que ele agiu de maneira impensada após receber um pedido de ajuda da filha. O advogado disse que a adolescente, que possui deficiência visual, teria usado o celular para copiar o conteúdo da lousa e que outros docentes permitiam a prática. O professor negou acusações de desrespeito e declarou que tomará medidas judiciais contra os envolvidos.

A Secretaria de Educação destacou que nenhuma situação justifica violência contra profissionais da rede pública, reforçando que o ambiente escolar deve ser preservado para a formação dos estudantes e o exercício da autoridade docente.

Medidas para reforçar a segurança Enquanto o caso segue em apuração, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, nesta terça-feira (21), em segundo turno, dois projetos que visam ampliar a segurança nas escolas.

O primeiro torna obrigatória a instalação de câmeras em escolas e creches públicas e privadas, de autoria do deputado Roosevelt Vilela (PL). O segundo cria o Sistema de Registro de Atividades (SRA), proposto pelo deputado Thiago Manzoni (PL), que prevê o monitoramento contínuo das ações dentro das instituições públicas de ensino, garantindo maior transparência e proteção para alunos e profissionais.

As propostas foram aprovadas com 15 votos a favor e cinco contrários. A justificativa apresentada pelos parlamentares é que o conjunto de medidas busca prevenir episódios de violência e garantir que o espaço escolar seja seguro, acolhedor e respeitoso para toda a comunidade educativa.