Denúncias de ex-assessor do TSE revelam estado de exceção no Brasil
- Thiago Manzoni
- há 12 minutos
- 2 min de leitura
Iniciei, nesta quarta-feira (03), meu segundo pronunciamento na Câmara Legislativa parabenizando a equipe do site Metrópoles. O jornalismo feito por esse veículo tem sido sério: muita notícia, muita entrevista, muito fato e pouca opinião.

O Metrópoles entrevistou o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, e suas respostas são estarrecedoras. Ele foi questionado por que deixou o Brasil para fazer as denúncias que hoje apresenta e respondeu: “Eu ia denunciar para quem? Para o ministro Alexandre de Moraes? Para a Corregedoria, que está submetida a essas pessoas? Se eu tivesse denunciado, estaria morto. Não estaria aqui para falar.”
Tagliaferro afirmou ainda que o ministro Alexandre de Moraes infiltrava pessoas em manifestações para identificar quem participava. Eu achava que manifestação era livre, um direito constitucional. Mas, segundo um ex-assessor da Suprema Corte, havia infiltração para vigiar cidadãos. Isso é a definição de estado de exceção. O Brasil vive hoje um estado de exceção.
O Metrópoles publicou essas denúncias em seu perfil no X (antigo Twitter). Entre as revelações, Tagliaferro disse ter sido forçado a assinar relatórios com datas falsas por ordens de Moraes, além de relatar perseguições e ameaças após denunciar um suposto “gabinete paralelo”. Enquanto noticia o julgamento em curso, o jornal também expõe acusações graves contra o relator do caso.
Outro ponto grave: mais de 550 pessoas, sob pressão psicológica, confessaram crimes que não cometeram para conseguir acordos. Essas confissões forçadas estão sendo usadas como prova de uma tentativa de golpe de Estado — supostamente cometido com paus, pedras, bolinhas de gude e estilingues. É beirar o inacreditável. Por isso, mais de 290 deputados já se manifestaram a favor da anistia.
O problema é que, no Brasil, tudo é rotulado de golpe. Para a esquerda, quem discorda é “golpista”. Assim foi com Temer, que de aliado passou a ser chamado de golpista após o impeachment de Dilma. Assim foi com Moraes, antes taxado de fascista, hoje exaltado como herói. Esse cinismo não pode mais prevalecer.
Encerrando, fiz um apelo: no dia 7 de setembro vamos às ruas em Brasília e em todo o Brasil em defesa da verdade e da liberdade. É chegado um novo tempo no Brasil, em que a verdade e a liberdade prevalecerão. Eu faço parte desse tempo! Veja o meu discurso completo no vídeo:
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