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Ausência paterna cresce no Brasil e se associa ao avanço da violência

01/12/2025 A ausência da figura paterna vem se consolidando como um fenômeno estrutural no Brasil. Dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, mostram que 7,8 milhões de mulheres criam filhos sem parceiro, um salto de 2,6 milhões em comparação ao ano 2000. A proporção de famílias chefiadas por mães solo com filhos cresceu de 11,6% para 13,5% no período — com aceleração visível a partir da década de 2010. O cenário indica que a paternidade ausente está deixando de ser exceção e se tornando parte do retrato demográfico nacional.

Ausência paterna cresce no Brasil e se associa ao avanço da violência
Imagem ilustrativa

Pesquisas acadêmicas apontam que a mudança no arranjo familiar não é apenas estatística: ela traz impacto direto no desenvolvimento social. Uma revisão científica publicada em 2020 na revista Psychology, Crime & Law, que analisou 48 estudos internacionais, concluiu que crianças criadas em famílias monoparentais têm maior probabilidade de envolvimento com criminalidade na adolescência, sobretudo em contextos de baixa renda e alta violência. O efeito é mais intenso quando a ausência recai sobre meninos.


Crescimento de lares sem pai pressiona indicadores sociais

Estudos nacionais e internacionais convergem para o mesmo diagnóstico: quando o pai não participa da formação dos filhos, há maior incidência de:


  • problemas disciplinares e evasão escolar;


  • comportamentos agressivos e risco ampliado de violência;


  • menor autocontrole e maior exposição a vícios;


  • impacto emocional relacionado à insegurança e instabilidade comportamental.


Segundo reportagem da Gazeta do Povo, do ponto de vista econômico, a ausência paterna também reduz renda familiar média, gera sobrecarga para mães solo e aumenta a probabilidade de condições adversas de desenvolvimento na infância. Quanto menor a estrutura financeira do lar, maior o risco de desdobramentos sociais futuros.


Impacto intergeracional

O fenômeno contribui para a formação de ciclos repetidos de vulnerabilidade. Famílias com apenas um responsável têm, em média, menos recursos materiais, menos rede de apoio e menores condições de acompanhar a vida escolar, emocional e disciplinar dos filhos. Ao longo dos anos, esse conjunto de fatores se converte em maior exposição a criminalidade, violência doméstica e dependências químicas, conforme mostram levantamentos acadêmicos.


Pesquisas indicam que a ausência paterna funciona como uma lacuna formativa: faltam referências de disciplina, estabilidade emocional, responsabilidade e limites, aspectos que costumam ser divididos entre pai e mãe na estrutura familiar tradicional. Quando esse papel é interrompido, o desenvolvimento psicológico tende a ser mais instável.


Um problema crescente que exige política pública

O aumento contínuo de lares com mães solo e o acúmulo de pesquisas que relacionam ausência paterna e violência tornam o cenário um alerta nacional. Especialistas apontam a necessidade de políticas públicas para incentivar o reconhecimento legal de paternidade, apoio à parentalidade responsável e educação sobre responsabilidade familiar. O Brasil tem mais de 5 milhões de crianças registradas sem o nome do pai, segundo dados oficiais — um indicador de que o problema começa na certidão e se estende por toda a vida.


Medidas de prevenção, como campanhas de paternidade ativa, fortalecimento da rede de proteção à infância, estímulo à presença masculina na educação e acompanhamento psicológico de famílias vulneráveis, são apontadas como caminhos para reduzir impactos futuros.


Cresce o fenômeno — e cresce a urgência

A ausência paterna deixou de ser um caso isolado e tornou-se parte relevante do mapa social brasileiro. Os dados mostram que não se trata apenas de um arranjo familiar diferente, mas de um vetor de desigualdade, vulnerabilidade e risco social. O avanço é claro nos números — e também nas consequências. O país discute há décadas as causas da violência, mas o retrato que emerge do Censo sugere que o problema pode começar dentro de casa.

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Thiago Manzoni é cristão, conservador e atua como Deputado Distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal defendendo a família, a liberdade, o empreendedorismo e a redução de impostos.

 

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