Orçamento maior da CDE deve encarecer energia em 2026
- Ananda Moura

- 8 de dez.
- 2 min de leitura
08/12/2025 O orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) tende a provocar aumento na tarifa de energia elétrica em 2026. Os subsídios previstos para o fundo somam R$ 47,8 bilhões, segundo a proposta apresentada pelo governo.

De acordo com cálculo técnico da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o valor representa alta de 7% em relação ao montante estimado para 2025. A diretoria da agência analisará o orçamento nesta terça-feira, 9, segundo a Folha de S.Paulo.
O custo será repassado principalmente aos consumidores, responsáveis por financiar a CDE. O fundo também recebe recursos da União e de receitas privadas. A elevação pode pressionar a inflação e refletir nas contas de luz durante 2026, ano eleitoral.
Crescimento recente e limite a partir de 2027
A CDE tem registrado alta expressiva. O orçamento passou de menos de R$ 22 bilhões em 2020 para R$ 37 bilhões em 2024 e deve alcançar R$ 49,3 bilhões em 2025. Para conter o avanço, o governo aprovou legislação que limita os gastos a partir de 2027.
Parte do aumento previsto para 2026 é atribuída a subsídios para grandes usinas eólicas e solares, que somam R$ 3,4 bilhões em descontos na transmissão e distribuição. Incentivos a projetos renováveis de maior porte cresceram R$ 2,7 bilhões, enquanto pequenos sistemas solares residenciais e comerciais tiveram acréscimo de R$ 3,2 bilhões, segundo relatório técnico da Aneel.
O orçamento também aumentou devido ao reforço da tarifa social, que recebeu R$ 2,6 bilhões adicionais com a ampliação da gratuidade para famílias de baixa renda. O custo, no entanto, é distribuído entre os demais consumidores.
Participação da CDE na conta de luz
“A CDE representa em média 15% da fatura de energia elétrica”, informou a Aneel. Segundo a agência, para consumidores com consumo mensal inferior a 120 kWh, a política pública implementada permitirá uma redução média de 15%.









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