Nubank ultrapassa Petrobras e se torna a empresa mais valiosa do Brasil
- Ananda Moura

- 31 de out.
- 2 min de leitura
31/10/2025 O Nubank alcançou um marco histórico ao superar a Petrobras e se tornar a empresa mais valiosa do Brasil, além de ocupar o segundo lugar na América Latina, atrás apenas do Mercado Livre. Listado na Bolsa de Nova York (NYSE) desde 2021, o banco digital reafirma sua liderança no setor financeiro e seu crescimento constante no mercado internacional.

A valorização ocorre poucas semanas após o pedido de licença do Nubank para operar como banco nos Estados Unidos, movimento que marca uma nova fase de expansão global. Desde o anúncio, as ações da fintech subiram cerca de 50% em 2025, encerrando o pregão de segunda-feira (27) cotadas a US$ 16. No mesmo período, os papéis da Petrobras acumularam queda de quase 20%, refletindo a instabilidade do setor de petróleo.
Sob a liderança de David Vélez e Cristina Junqueira, o Nubank registrou crescimento de 17% na base de clientes no segundo trimestre, atingindo 122,7 milhões de usuários no Brasil, México e Colômbia. O lucro líquido trimestral foi de US$ 637 milhões, com retorno ajustado sobre o patrimônio líquido de 31%, enquanto a carteira de crédito atingiu US$ 27,3 bilhões e os depósitos, US$ 36,6 bilhões.
No ranking das dez empresas mais valiosas da América Latina, o Nubank ocupa a segunda posição, com US$ 77,3 bilhões, seguido de Petrobras (US$ 74,7 bi) e Itaú Unibanco (US$ 72,8 bi). O Mercado Livre lidera a lista com US$ 115,7 bilhões.
Segundo matéria da Revista Oeste, atualmente, o Nubank alcança mais de 60% da população adulta brasileira, possui 12 milhões de clientes no México e 1,4 milhão na Colômbia. Vélez afirmou que a futura operação nos EUA permitirá ampliar o atendimento e conquistar novos perfis de consumidores com demandas financeiras semelhantes às dos clientes latino-americanos.
Segundo análise da Bloomberg Linea, o JPMorgan avaliou a expansão como positiva no médio prazo, mas alertou que os investimentos iniciais podem reduzir a eficiência momentânea do banco. Já o Citi destacou a solidez da carteira de crédito, e o Bradesco BBI projeta lucro líquido de US$ 728 milhões no terceiro trimestre, o que representa alta de 14,3% em relação ao período anterior.
Para o mercado, o principal desafio do Nubank agora é comprovar a escalabilidade do modelo de negócios fora da América Latina — passo que, se bem-sucedido, pode consolidar o banco digital como uma das maiores instituições financeiras do mundo.









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