Nubank buscará licença bancária em 2026 para se adequar a novas regras do Banco Central
- Ananda Moura

- há 2 dias
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03/12/2025 O Nubank informou nesta quarta-feira (3) que pretende solicitar uma licença bancária no Brasil em 2026, após novas normas do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional passarem a impedir que instituições financeiras usem termos em seus nomes que remetam a atividades para as quais não possuem autorização. Segundo a empresa, não haverá mudança de marca ou identidade visual.

A fintech afirmou que a alteração regulatória não afetará os mais de 110 milhões de clientes no país e que as operações continuarão normalmente. Também não estão previstas mudanças relevantes nas exigências de capital e liquidez.
Criado em 2013 por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, o Nubank tornou-se uma das maiores instituições financeiras do mundo em valor de mercado. Atualmente, vale cerca de R$ 450 bilhões (US$ 85 bilhões), superando empresas brasileiras como Petrobras e Itaú e, no cenário internacional, nomes tradicionais como BNY Mellon, Barclays e Deutsche Bank.
Segundo matéria do Estadão, o banco registrou lucro de US$ 783 milhões (R$ 4,1 bilhões) no terceiro trimestre deste ano. Nos trimestres anteriores, faturou US$ 637 milhões (R$ 3,3 bilhões) e US$ 606 milhões (R$ 3,04 bilhões), respectivamente.
A CEO no Brasil, Livia Chanes, afirmou que a empresa “foi responsável por incluir 28 milhões de pessoas no sistema financeiro” e que o propósito de simplificação “permanece o mesmo”.
Fintechs e enquadramento regulatório
No Brasil, boa parte das principais fintechs é registrada como instituição de pagamento (IP), categoria criada em 2013 para ampliar a concorrência no setor financeiro e sujeita a exigências menores de capital. Esse tipo de instituição pode emitir cartão de crédito, mas as contas oferecidas são classificadas como contas de pagamento, e não correntes.
Na prática, isso significa que os valores depositados não podem ser usados para operações de crédito, e o cartão atrelado a essas contas é pré-pago, não de débito.
O Nubank destacou que cumpre todas as exigências atuais e opera com licenças de instituição de pagamento, sociedade de crédito, financiamento e investimento, além de corretora de valores.









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