Justiça decreta falência da "Oi" após mais de uma década de crise financeira
- Ananda Moura

- 11 de nov.
- 2 min de leitura
11/11/2025
A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta segunda-feira (10), a falência do Grupo Oi, uma das maiores operadoras de telecomunicações do país. A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial, reconhece que a empresa atingiu um estado de insolvência, incapaz de cumprir suas obrigações financeiras, mesmo após duas tentativas de recuperação judicial.

O pedido de falência foi apresentado pelo administrador judicial Bruno Rezende, que apontou o descumprimento do plano de recuperação e o esgotamento do caixa da companhia. Em sua decisão, a magistrada afirmou que a “Oi é tecnicamente falida”, destacando o “caos financeiro” e a “liquidação substancial” — termo jurídico usado quando uma empresa já não possui ativos suficientes para continuar operando.
Apesar do decreto, a Justiça autorizou a continuidade temporária das atividades da Oi para garantir a manutenção de serviços essenciais, como os números de emergência da polícia e do corpo de bombeiros, além da infraestrutura de comunicação em cerca de sete mil localidades brasileiras. A operadora também mantém 4,6 mil contratos com órgãos públicos das três esferas de governo.
Com a decisão, toda a diretoria e o Conselho de Administração foram afastados, e o administrador judicial assumiu a gestão integral da companhia. Todos os processos e ações de execução contra a Oi ficam suspensos até nova deliberação, e uma assembleia de credores será convocada para definir os próximos passos.
Segundo matéria da Jovem Pan, a crise da Oi se estende há mais de dez anos e se agravou após as fusões com a Brasil Telecom e a Portugal Telecom. Mesmo após a venda de ativos importantes, como as divisões de telefonia móvel e fibra óptica, a empresa não conseguiu recuperar estabilidade financeira. Em outubro, as dívidas fora do processo de recuperação judicial já somavam cerca de R$ 1,7 bilhão, confirmando a inviabilidade de manter as operações nos moldes atuais.









Comentários