Dívida bruta do governo permanece em 78,6% do PIB em outubro, aponta Banco Central

28/11/2025 O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 32,4 bilhões em outubro, segundo o Boletim de Estatísticas Fiscais divulgado pelo Banco Central nesta sexta feira 28. A dívida bruta do governo geral alcançou 78,6% do Produto Interno Bruto, mesmo patamar observado no mesmo mês do ano passado.

Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O resultado do superávit foi inferior ao de outubro de 2024, quando o saldo positivo somou R$ 36,9 bilhões. A comparação, porém, mostra estabilidade no indicador da dívida, que também havia fechado aquele período em 78,6% do PIB. Antes disso, o Tesouro Nacional havia informado superávit de R$ 36,52 bilhões nas contas do governo central — que incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — referente a outubro.

Na divisão de resultados, o governo central apresentou superávit de R$ 36,2 bilhões, enquanto estados e municípios fecharam o mês com déficit de R$ 3,6 bilhões. As estatais também tiveram saldo negativo, de R$ 149 milhões. No acumulado de 12 meses, o setor público consolidado tem déficit de R$ 37,7 bilhões, equivalente a 0,30% do PIB, acima dos R$ 33,2 bilhões registrados nos 12 meses anteriores.

Segundo matéria do Metrópoles, a dívida bruta do governo geral totalizou R$ 9,9 trilhões no mês, movimento influenciado pelos juros nominais e pela queda do PIB nominal. No ano, o indicador aumentou 2,1 pontos percentuais do PIB. Já a dívida líquida do setor público subiu para 65% do PIB em outubro, com acréscimo mensal de 0,2 ponto. O resultado reflete os efeitos dos juros, do câmbio, do superávit e de ajustes da dívida externa, além da retração do PIB nominal.

Diferentemente da dívida bruta, o cálculo da dívida líquida considera abatimentos referentes a reservas e ativos financeiros do governo.