Dívida bruta do governo atinge 78,1% do PIB em setembro
- Ananda Moura

- 31 de out.
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31/10/2025 O setor público consolidado registrou em setembro um déficit primário de R$ 17,5 bilhões, resultado que mostra que o governo gastou mais do que arrecadou no período, desconsiderando o pagamento de juros da dívida pública. A informação consta no Boletim de Estatísticas Fiscais divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (31).

A dívida bruta do governo geral chegou a 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 9,7 trilhões, praticamente estável em relação ao mês anterior, quando o índice estava em 78,3%. No mesmo mês de 2024, o déficit havia sido de R$ 7,3 bilhões, menos da metade do valor atual.
O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit de R$ 14,9 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 3,5 bilhões. As empresas estatais, por outro lado, apresentaram superávit de R$ 1 bilhão.
Nos últimos 12 meses, o setor público acumulou déficit de R$ 33,2 bilhões, o equivalente a 0,27% do PIB, um aumento em relação aos R$ 23,1 bilhões (0,19%) registrados até agosto.
O Banco Central destacou que a elevação da dívida bruta decorreu dos juros nominais apropriados, das emissões líquidas de dívida e da valorização cambial. A dívida líquida do setor público (DLSP) também cresceu, atingindo 64% do PIB (R$ 8,1 trilhões) em setembro — um acréscimo de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior.
A dívida bruta representa o total das obrigações do governo, enquanto a dívida líquida desconta as reservas e aplicações financeiras, refletindo o endividamento líquido efetivo do país.









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