Correios trocam três diretores em meio a prejuízo bilionário e tentativa de reestruturação
- Ananda Moura

- 7 de nov.
- 1 min de leitura
07/11/2025
Os Correios passam por uma nova reestruturação administrativa após a nomeação de três novos diretores, em meio a uma crise financeira que se agravou nos últimos anos. As mudanças, anunciadas pelo Conselho de Administração na quarta-feira (5), atingem áreas estratégicas e têm como meta conter as perdas e reorganizar a gestão da estatal.

Entre janeiro e junho de 2025, a empresa acumulou prejuízo de R$ 4,37 bilhões, aprofundando o rombo que vem desde 2022. Para tentar equilibrar as contas, o governo federal negocia um financiamento de R$ 20 bilhões junto ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e bancos privados, com garantias da União e exigências de ajustes administrativos.
Segundo reportagem da Revista Oeste, as substituições envolveram as diretorias de Governança e Estratégia, Gestão de Pessoas e Operações. Luiz Claudio Ligabue, servidor do Banco do Brasil, e Natália Telles da Motta, ex-diretora da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), assumiram os cargos deixados por Juliana Picoli Agatte e Getúlio Marques Ferreira, ambos ligados ao PT. Já José Marco Gomes passou a comandar a área de Operações, substituindo Sérgio Kennedy Soares Freitas, indicado do Podemos.
O novo presidente da estatal, Emmanoel Rondon, que tomou posse em setembro, conduz a transição com foco em critérios técnicos e eficiência operacional. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, ele assumiu o posto após a saída de Fabiano Silva dos Santos, ligado ao grupo Prerrogativas, e tem defendido uma política de gestão voltada à sustentabilidade financeira e à modernização da empresa.









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