Num cenário político cada vez mais complexo, o Partido dos Trabalhadores (PT) parece encontrar-se em um labirinto, sem estratégias claras para enfrentar os desafios que se apresentam, o encerramento do primeiro ano de mandato é marcado pela ausência de qualquer plano para o país e o caos impera. A postura do partido diante dos desafios práticos é impregnada de ironia, destacando uma inclinação notável: a propensão à radicalização, em detrimento de abordagens construtivas.
A aparente aversão do PT à negociação expõe que a única transação compreensível para o partido é a barganha política, envolvendo os "gatos gordos" da máquina estatal e os propagandistas a serviço do partido. Em vez de buscar soluções pragmáticas, o PT, ao se deparar com obstáculos, automaticamente opta por uma saída à esquerda, conduzindo a decisões cada vez mais extremistas.
Durante a gestão Lula-3, a falta de um projeto governamental consistente sendo ilustrada pela presença de uma equipe formada por uma combinação de indivíduos peculiares: desde fugitivos das amarras legais até derrotados em processos eleitorais, passando por gestores que parecem alheios aos conceitos fundamentais de trabalho, produção e mérito. Esta equipe, carente de ideias e ainda mais de iniciativas, revela-se impotente diante do rápido declínio que caracteriza a administração petista.
A dependência do presidente Lula em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , que garantiram sua questionável vitória eleitoral não contribui substancialmente para a governabilidade, seu apoio popular é mais questionável ainda que sua vitória no pleito. A herança econômica positiva dos anos anteriores é o único pilar que impede um colapso iminente, graças a austeridade e sabedoria do então ministro Paulo Guedes.
A estagnação econômica, a ausência de crescimento no emprego e o declínio da popularidade do governo são as marcas do primeiro ano de mandato. E o PT não busca nenhuma solução para esse caos, apenas divide mais o povo brasileiro, fomentando uma eterna briga de torcidas, o “nós contra eles” nunca foi tão claro.
Não menos importante, a falta de diálogo do PT com o Congresso cria um ambiente de instabilidade entre os poderes, mesmo barganhando 38 ministérios e distribuindo milhares de cargos para os partidos de base, o apoio não foi garantido. A postura do partido em relação às finanças públicas é criticada, considerando-as uma questão exclusiva do PT e não de interesse público. A Reforma Tributária foi aprovada, mas não antes do chamado orçamento secreto, tão criticado pelo governo petista e que o renomeou como emenda de relator, ter distribuído R$9,9 bilhões* a deputados e senadores. A ironia atinge seu auge ao abordar as declarações de figuras proeminentes do partido, que, ao invés de apresentar propostas, optam pelo extremismo e pela divisão do povo brasileiro. As tentativas desesperadas do PT de sobreviver, depositando suas fichas em estratégias polarizadoras e controversas, transformaram o partido em um labirinto político sem saída aparente. O navio está afundando mais rápido que o Titanic.
Para 2024, com um “ministro comunista” – palavras do presidente – e uma corte ideologizada, um Congresso vendido e um Executivo inativo em suas atribuições e ativo em um projeto de poder, antevemos mais intervenção estatal, mais impostos, controle da liberdade de expressão via regulamentação de redes sociais e o país naufragando. Não se aventa soluções, uma imensa desordem nas contas públicas, 38 ministros de Estados que não fazem absolutamente nada e um país desesperançado para um 2024 incerto.
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