Conversa abrange o 7 de setembro e o papel da liberdade individual na construção do futuro do Brasil
Nesta sexta-feira (8), o Deputado Thiago Manzoni foi entrevistado pelo jornalista Paulo Figueiredo em seu canal. Um bate-papo que começou com uma análise sobre o 7 de setembro esvaziado, passou pelo surgimento de novas lideranças de direita e mencionou o dia 8 de janeiro.
Paulo Figueiredo iniciou a conversa falando sobre o feriado de 7 de setembro, que, segundo ele, foi um dia sombrio. Manzoni concordou e disse que o Brasil hoje é um país moribundo, mas que certamente isso vai mudar.
"A impressão que se tem é que o Brasil hoje é um país moribundo, e acho que chegou o tempo de voltarmos para o que acreditamos, e em especial na liberdade", disse o parlamentar.
Para Figueiredo, o cenário de 7 de setembro foi tudo o que a esquerda queria.
"Talvez covardia das lideranças. Mas, o que o tirano mais quer: que as pessoas fiquem em casa, cabisbaixas, humilhadas."
Ainda sobre o feriado, Thiago disse que o nosso povo é muito corajoso, mas que o momento é ruim.
"Tivemos cerca de 2 mil pessoas presas em 8 de janeiro e estão com medo, mas em breve vão perder o medo e retomarão as forças."
Manzoni e Figueiredo, ao falar do dia 8 de janeiro, concordam que os depredadores precisam responder na forma da lei, apesar de muitos inocentes terem sido presos. O Deputado contou ainda a Figueiredo, que atualmente mora nos Estados Unidos, um pouco do que aconteceu na última CPI dos Atos do Dia 8 na Câmara Legislativa, sobre as mentiras que o ex-general de Lula, G. Dias contou em depoimento, que foram desmascaradas posteriormente.
A respeito dos acontecimentos do dia 8 de janeiro, Figueiredo contou que quando soube, entrou ao vivo para pedir que as pessoas se dispersassem dali, pois estavam justamente caindo em uma armadilha, semelhante à que aconteceu nos EUA.
"Há uma questão de amadurecimento da população e das lideranças. No dia eu disse para as pessoas voltarem para casa e as pessoas me massacraram e me chamaram de traidor."
Manzoni concordou que é imprescindível que haja esse amadurecimento das lideranças.
"Nós viemos de dez anos de manifestações pacíficas, que as pessoas até limpavam as ruas. Acredito que chegou o momento de a coragem vencer o medo e de nós voltarmos para rua de maneira pacífica e ordeira", disse o parlamentar.
Manzoni destaca que o sistema de contrapeso no Brasil está enfraquecido, com o poder judiciário assumindo prerrogativas de outros poderes, como no caso do indulto de Michel Temer e na atuação do STF em contradição com as decisões legislativas, como a descriminalização das drogas.
"O Congresso decidiu em um sentido e agora o judiciário está em outro sentido. O Congresso Nacional tem lutado muito pouco por suas prerrogativas e competências e aceitou que o judiciário tirasse grande parte de suas competências. Se o legislativo não batalhar por suas competências vai acabar perdendo tudo."
Ainda sobre os parlamentares avocarem suas prerrogativas para si, o Deputado Thiago citou que muitos deputados de direita estão arrolados nos inquéritos no Supremo Tribunal Federal desde 2019 e não tiveram acesso aos autos.
"E o fato disso ter acontecido colocou uma espécie de espada na garganta de muitos deputados que têm certo receio de agir nesse sentido, mas há grandes lideranças no Brasil hoje que estão entendendo a importância do congresso de avocar para si a prerrogativa e a legitimidade que o voto deu a eles, como o Senador Rogério Marinho, o Deputado Girão, a Deputada Bia Kicis, o Deputado Gustavo Gayer, o Deputado Nikolas Ferreira, o Deputado Marcel Van Hattem, o Deputado Ramagem, entre outros estão fazendo um trabalho em direção a isso", disse Manzoni.
Manzoni perguntou a Figueiredo sobre sua visão do futuro do Brasil e se ele enxerga esperança nesse cenário. Figueiredo mencionou que o Brasil faz parte de um contexto internacional de mudanças após a queda do muro de Berlim, que trouxe prosperidade, mas de forma desigual, fortalecendo os poderosos em detrimento das pessoas comuns, com um crescimento desproporcional das grandes corporações.
Eles também discutiram a questão "Woke", que enfatiza não apenas a divisão entre ricos e pobres, mas também entre brancos e negros, substituindo a identidade local pela identidade racial.
Figueiredo destacou que o Brasil está em um momento em que a população pode escolher seu caminho, mencionando o papel do presidente Bolsonaro. Eles relembraram a perseguição que Bolsonaro sempre enfrentou, como acontece novamente no caso das joias e do cartão de vacinação. Para eles, essa perseguição, inclusive durante os quatro anos do governo Bolsonaro, contribuiu para a simpatia de muitos brasileiros, pois o veem como injustiçado, o que de fato os dois acreditam que é.
Ambos concordaram que Bolsonaro é autêntico e verdadeiro, o que explica parte de seu fenômeno político. Entretanto, na opinião de Manzoni, a solução para o Brasil está na liberdade individual, nas mãos de cada um exercendo o seu papel e não apenas nas mãos dos políticos.
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