Não dá para justificar o que é injustificável
Na última quinta-feira (22), o Deputado Thiago Manzoni foi entrevistado ao vivo por jornalistas do programa “Oeste Sem Filtro”. A jornalista Paula Leal perguntou se as respostas do general G. Dias, na CPI da Câmara Legislativa, foram satisfatórias.
“Deputado, nós estamos aqui comentando alguns trechos do depoimento do general G. Dias e gostaria de perguntar ao senhor quais outros pontos pode destacar desse depoimento de hoje, se ele ajudou a esclarecer os fatos do dia 8 de janeiro. Foram satisfatórias as respostas?”
Para Manzoni, aquilo que poderia ter sido esclarecido, não foi, pois o general se esquivava das perguntas.
“O general Gonçalves Dias se extraviou da verdade em muitas das suas respostas e quando confrontado com as contradições do seu depoimento, se esquivava e dizia que não podia responder o que está sendo investigado. Então, o que ele podia esclarecer, ele não o fez, talvez por que não tenha como esclarecer a cronologia que nós temos dos acontecimentos, que coloca o general e o governo federal numa posição muito ruim”.
O deputado acredita que não tinha mesmo como esclarecer muito sobre as cenas vistas por todos no Palácio do Planalto.
“Depois de ter dispensado o pelotão, o general falou na CPI que ele ficou inquieto e angustiado, e partiu sozinho para enfrentar o que eles chamam de ‘terroristas’. Ele de calça jeans e camisa, sem nenhum tipo de armamento, sem proteção foi enfrentar daquela maneira que vimos: indicando aos invasores os lugares para onde elas tinham que ir etc. Então, eu acho que ele não tinha muito como esclarecer”.
Outra divergência apontada por Manzoni foi a documentação enviada ao Congresso Nacional, quando o GSI ainda era chefiado pelo general G. Dias, e a alteração que este documento sofreu, após a saída do general do cargo.
“O documento informando sobre o perigo do que estava para acontecer no dia 8 de janeiro e depois da troca do comando, o GSI mandou uma nova documentação na qual constavam as mensagens em que o general G. Dias havia recebido por WhatsApp, falando do perigo e da necessidade de que a segurança tivesse um cuidado maior em relação às sedes dos três poderes”, explicou o deputado.
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