Metade dos brasileiros não sabe o objetivo da COP30, aponta pesquisa Ipsos
- Ananda Moura

- há 10 horas
- 2 min de leitura
07/11/2025
A poucos dias do início da COP30, que será realizada em Belém (PA) a partir da segunda-feira (10), uma pesquisa do Instituto Ipsos revelou que quase metade dos brasileiros desconhece o propósito da conferência. Apenas 52% dos entrevistados afirmaram saber que o evento trata de negociações para combater as mudanças climáticas, enquanto 48% declararam não entender do que se trata.

O levantamento, intitulado “Atitudes em relação à COP30”, foi conduzido em 30 países entre 20 de junho e 4 de julho de 2025, com 23.700 pessoas acima de 18 anos. Outro dado que reforça o baixo nível de informação é que apenas 35% dos brasileiros sabem que a conferência ocorrerá em Belém, embora o país tenha sido o que mais acertou esse dado — já que a média global foi de apenas 12%.
O Ipsos observou que a divulgação do evento ainda é limitada no Brasil, mas tende a crescer com a proximidade da conferência. Países que já sediaram a COP demonstraram maior familiaridade: Alemanha (64%), França (59%) e Reino Unido (59%), ante uma média global de 44%.
Segundo o Estadão Conteúdo, o estudo também revelou baixo nível de expectativa em relação aos resultados: 49% dos entrevistados no mundo acreditam que a COP30 será apenas simbólica, enquanto 34% esperam que gere resultados concretos. No Brasil, 43% têm expectativa negativa, 41% acreditam em avanços reais e 16% não esperam impacto algum.
Entre os mais otimistas estão os jovens da Geração Z, dos quais 45% acreditam na eficácia da conferência, contra 29% entre os Boomers. O Sul Global também demonstra maior confiança — 51% no Oriente Médio e África, 43% na Ásia-Pacífico e 39% na América Latina — enquanto o ceticismo predomina em economias desenvolvidas, como Europa (25%), América do Norte (24%) e G7 (22%).
Segundo Márcia Cavallari, diretora do Ipsos, “os jovens e a população dos países do Sul Global podem ver as medidas climáticas como essenciais para seu futuro e condições de vida, o que impulsiona uma visão mais otimista”. As principais barreiras apontadas pelos entrevistados foram falta de vontade política (42%), déficit de fiscalização ambiental (34%) e carência de financiamento para projetos sustentáveis (31%).









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