Conservadores posicionam-se em defesa da família e de uma sociedade livre
Nesta quarta-feira (30) aconteceu o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das liberdades Individuais e do Conservadorismo na Câmara Legislativa do DF. De iniciativa do Deputado Distrital Thiago Manzoni (PL-DF), a sessão solene contou com a participação de parlamentares acadêmicos e jornalistas, como Bruno Garschagen, Rafael Nogueira, Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Marize Schons.
O Deputado Thiago Manzoni iniciou a solenidade dizendo que o conservadorismo está longe de ser um entrave à liberdade e é na verdade, o maior guardião das nossas liberdades.
“Os valores conservadores atuam como um alicerce para uma sociedade que é livre e próspera. Ao preservar os nossos costumes e tradições, o conservadorismo mantém um equilíbrio entre o progresso e a estabilidade", disse.
O professor Bruno Garschagen explicou que não adianta falar de liberdade política se o indivíduo que vive numa determinada comunidade e não tem essa liberdade interior cultivada.
“Porque se o indivíduo tem essa liberdade interior, ele pode até viver num regime político autoritário ou totalitário que ele jamais perderá isso. Ele jamais se deixará levar pelo momento político daquela época específica e perder essa ideia de liberdade e se aliar a um projeto político autoritário, por exemplo”, falou Garschagen.
O Presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Rafael Nogueira, acredita que o conservador em geral luta para defender aquilo que ama, e que o revolucionário costuma batalhar contra o que ele odeia.
“Atribuem ao conservador ódio, mas não é verdade. O conservador em geral quer defender aquilo que ele ama. Ele só sai de casa para lutar na vida pública porque ele entende que o que ele ama está sendo ameaçado, em geral o conservador gosta muito da vida privada para ir para vida pública e ele só vai, ele só se transforma numa espécie de ativista, em político quando ele percebe que aquilo que ele ama está sendo ameaçado”, explicou Nogueira.
Para o jornalista Paulo Figueiredo, a humanidade vive um momento de transição mundial.
“Há um descasamento muito grande entre a vida das pessoas comuns, que são de fato conservadoras, amam o seu país, amam as suas famílias. São pessoas que não compactuam com essa agenda que se chama ‘woke’, essa agenda de lacração, essa agenda da esquerda, desse neomarxismo. E esse é um conflito que está acontecendo no mundo inteiro. Desde 2020, as pessoas que os donos do poder chamam de establishment, as elites do poder, eles dobraram a aposta para garantir a sua permanência. Como fizeram isso? Restringindo a liberdade de uma população que se revoltava”, contou Figueiredo.
Rodrigo Constantino falou sobre diminuição da carga tributária, do valor da vida, da família e da defesa da propriedade privada.
“Quem é que pode em sã consciência remar contra tudo isso e ainda chamar essa agenda de uma agenda radical ultraconservadora de gente negacionista ou fanática? É o oposto. Isso é a defesa do puro bom senso, do legado de tudo aquilo que merece ser preservado. Família. O núcleo familiar é quem prepara o indivíduo para a vida em sociedade. A liberdade de expressão: nós somos imperfeitos, limitados, humildes, a gente pode estar errado. Então só a livre expressão e o livre debate pode fazer a população, a sociedade evoluir. A propriedade privada. Se você não é dono daquilo que você lutou, labutou para construir, você é um escravo. O direito legítimo à defesa para proteger até mesmo essa propriedade. A diminuição da carga tributária, porque o indivíduo trabalha para ele e sua família não para o Estado”.
A doutora e professora disse que Marize Schons não é verdade que nunca houve conservadores e liberais no Brasil. Mas é verdade que na classe política e na classe intelectual sempre foram uma minoria.
“Contudo, apesar do crescimento, eu vejo que estamos apenas no começo desse caminho, cheio de dificuldades. Eu quero também alertá-los dos desafios que hoje todos nós enfrentamos. Primeiro saibam que o papel social de vocês vai muito além dos interesses particulares. Vocês precisam se unir, evitar o recorrente narcisismo das pequenas diferenças, construir uma base eleitoral ampla, tão ampla que seja capaz de chegar até os jovens. Uma democracia efetiva e saudável depende da competição entre diferentes agendas, não há democracia, portanto, sem pluralidade”, afirmou Schons.
A Deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) reforçou a importância da defesa das crianças.
"Nós temos que entender que só terá a representatividade quando estivermos envolvidos com todas as crianças brasileiras, porque é isso que fizeram. Eles dominaram muitas das vezes a educação e nós não podemos deixar isso acontecer".
O Deputado Federal General Girão (PL-RN) falou que o conservador é consciente, e para ter consciência você tem que ter conhecimento.
“O conservador defende a ordem e o progresso, pois sem a ordem é impossível você conseguir o progresso”.
Após a fala dos componentes da mesa de honra, os participantes que se inscreveram tiveram a oportunidade de expressara opinião na tribuna acerca do conservadorismo. Ao final do evento, a banda da Abramvefa (Associação Brasileira de Músicos Veteranos das Forças Armadas e Auxiliares), que executou o hino nacional no evento, foi homenageada pelo deputado Manzoni.
Este foi o primeiro de muitos eventos voltados para a frente conservadora. O Deputado Thiago Manzoni está com expectativa de fomentar ainda mais iniciativas como esta para que os conservadores consigam consolidar os aspectos morais que lastreiam o pensamento conservador no Brasil.
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