Locomotiva histórica volta a circular em Rondônia após 25 anos parada
- Ananda Moura

- 20 de out.
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20/10/2025 Depois de um quarto de século inativa, a locomotiva Barão do Rio Branco, modelo Mikado 18, voltou a circular no complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho (RO). O retorno ocorreu em 2 de outubro, durante as comemorações pelos 111 anos da capital rondoniense.

A restauração foi conduzida pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e levou menos de dois meses para ser concluída. Segundo a Folha de S.Paulo, os técnicos precisaram fabricar peças do zero, já que muitas haviam sido furtadas e não existiam substitutas no mercado. Foram instalados novos tubos de caldeira, reparadas serpentinas do superaquecedor e limpas peças da parte rodante, cobertas por lama desde a cheia do Rio Madeira em 2014. Componentes em bronze foram enviados para Rio Negrinho (SC), onde passaram por usinagem e retificação.
Símbolo do pioneirismo amazônico
Construída em 1936 e incorporada à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré em 1950, a Barão do Rio Branco se tornou um símbolo do desenvolvimento de Rondônia. A locomotiva ligava Porto Velho a Guajará-Mirim, desafiando as condições extremas da floresta amazônica e ajudando a escoar a produção regional.
A Madeira-Mamoré, inaugurada em 1912, foi um dos empreendimentos mais ousados do país, erguido em meio à selva por cerca de 20 mil trabalhadores. Conhecida como a “Ferrovia do Diabo”, devido às milhares de mortes durante sua construção, a linha operou até 1966. Agora, com a volta da Barão do Rio Branco, parte viva dessa história volta a pulsar em Rondônia.









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