No dia 18 de março, a Câmara Legislativa foi palco de uma audiência pública sobre o cenário educacional brasileiro. Dentre os diversos discursos e análises apresentados, o sociólogo, professor e consultor educacional Gabriel Mendes criticou o documento resultante da Conae.

Mendes iniciou a sua fala ressaltando uma mudança gradual, mas significativa, na percepção social sobre a educação. Destacou a crescente contestação de práticas e a participação ativa da sociedade em debates sobre o Plano Nacional de Educação, por exemplo.
Na abordagem do conteúdo da CONAE, Mendes levantou preocupações sobre a predominância de pautas políticas em detrimento do desenvolvimento técnico e científico dos alunos. Comparando com outros países, como a Índia, que está no topo do ranking do Pisa, ele destacou a negligência com a disciplina de matemática na sugestão de Plano Nacional de Educação do Brasil.
"Pelo teor do texto, a educação deixa de ser um instrumento de formação intelectual para uma formação política sendo enfatizados pautas socialistas, identitárias sendo deixado de lado, a busca do desenvolvimento técnico e científico do aluno. Enquanto o documento da Conae fala em matemática quatro vezes em 200 páginas, o documento da Índia, que tem em 60 páginas, o termo matemático, aparece 30 vezes", disse Mendes.

Além disso, o sociólogo reforçou o viés ideológico presente no documento, manifestado na ofensiva referência aos conservadores e na limitação da diversidade de pensamento.
"Os conservadores são tratados de maneira pejorativa 100% das vezes que são citados. Se fala mal do agronegócio e algumas políticas importantes que foram feitas anteriormente também são rechaçadas. Diversidade para quem? Na cabeça de um esquerdista em um ambiente de diversidade, a gente tem dezenas de gêneros, mas só uma maneira correta de pensar e quem discordar é fascista de extrema direita", explicou Gabriel.
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