FMI aponta melhora fiscal no Brasil, mas prevê novo salto da dívida em 2026
- Ananda Moura

- 15 de out.
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15/10/2025 O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou que a situação fiscal do Brasil está menos grave em 2025 e 2026, mas alertou para o risco de novo aumento da dívida pública durante o ano eleitoral. A análise consta do relatório Monitor Fiscal, divulgado nesta quarta-feira (15), durante as reuniões anuais do organismo em Washington (EUA).

Segundo levantamento do Estado Conteúdo a projeção do Fundo indica que a dívida bruta brasileira deve chegar a 91,4% do PIB em 2025, ante 87,3% em 2024, e subir para 95% em 2026 — um patamar próximo ao de 2020, auge da pandemia, quando o índice atingiu 96%. Mesmo com essa alta, o FMI considera as estimativas mais brandas que as divulgadas em abril.
Ao longo do terceiro mandato de Lula, o endividamento deve crescer 11 pontos percentuais, enquanto na gestão de Jair Bolsonaro houve redução de quase 1 ponto. O Fundo entende que a trajetória de alta desacelerou, mas mantém o alerta para uma deterioração persistente das contas públicas, com projeções de 97% do PIB em 2027 e 98,1% em 2030.
Nas metas fiscais, o FMI manteve a previsão de déficit primário de 0,6% do PIB em 2025, sem expectativa de superávit até o fim do atual governo. A instituição acredita que o equilíbrio fiscal só será retomado no próximo mandato presidencial, com previsão de superávit de 0,3% em 2027 e avanço gradual até 1,4% em 2030.









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