top of page

Escolas Cívico-Militares: O Caminho do Sucesso na Educação Brasileira

Anna Sebba

Quando foi lançado em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) tinha como objetivo a implementação de 200 escolas nesse formato até 2023, meta que foi alcançada. Contudo, o programa foi encerrado pela atual administração de Lula. A decisão de encerrar as escolas cívico-militares não surpreende, pois durante sua campanha presidencial, Lula expressou sua intenção de abolir esse modelo educacional. No entanto, é relevante questionar as motivações por trás dessa escolha.


CDE 308 de Recanto das Emas
CDE 308 de Recanto das Emas


Não é inesperado que as escolas cívico-militares adotem uma abordagem mais disciplinadora, considerando que a maioria dos alunos dessas instituições provém de áreas periféricas, cujos pais muitas vezes estão ausentes durante o dia. Esses pais, preocupados com a segurança na educação de seus filhos, enxergam positivamente a ordem no comportamento escolar.


Alguns estados anunciaram a continuidade do programa, mesmo sem o respaldo do governo federal. No Distrito Federal, uma Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Cívico-Militares foi instalada na CLDF, de autoria do deputado Thiago Manzoni (PL-DF). Além disso, a Câmara dos Deputados criou a Frente Parlamentar Mista em Defesa das Escolas Cívico-Militares, proposta pelo deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS).


“Apesar de o governo federal ter esvaziado as ECMs e optado por extinguir o programa, sabemos que muitos prefeitos e governadores desejam expandir essa modalidade de educação”, destacou Zucco.

Bolsonaro na Câmara
Reprodução Youtube


Conforme consta no relatório divulgado pelo Ministério da Educação em dezembro de 2022, nas escolas onde o modelo cívico-militar foi implementado, observou-se uma significativa redução de 82% nos casos de violência física, uma queda de 75% nos incidentes de violência verbal, uma diminuição de 82% nos casos de violência patrimonial, uma redução de 80% na taxa de evasão e abandono escolar, e um aumento de 85% no índice de satisfação geral com o ambiente escolar. Além disso, houve um aumento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nessas escolas e a inédita aprovação de alunos em universidades públicas na história dessas instituições.


Não há justificativa para encerrar um programa que apresenta números tão expressivos, a não ser o receio de que esse modelo de ensino resulte na formação de cidadãos desprovidos de uma orientação ideológica e voltados para os valores familiares e de ordem. Cidadãos disciplinados têm a tendência de adotar posturas conservadoras, algo que causa apreensão na esquerda. O termo "pequenos burgueses" é associado a esses cidadãos, que não se submetem facilmente à tutela do Estado. Assim, para descreditar o ex-presidente Jair Bolsonaro, a esquerda atribui a ele a responsabilidade pela concepção desse modelo educacional, como uma estratégia para desvalorizar qualquer aspecto positivo de seu governo.


Entretanto, ao consultar a opinião dos pais cujos filhos frequentam essas escolas cívico-militares, a resposta é extremamente positiva, classificando a experiência como "excelente". Vale ressaltar que essas instituições não são estritamente militarizadas no que diz respeito ao currículo pedagógico, que permanece consistente com outras escolas públicas e privadas. A diferença reside no modelo de gestão, que impede a esquerda de exercer controle sobre os professores e de doutrinar ideologicamente os alunos. Essa é a principal razão para a decisão de Lula de encerrar o programa de escolas cívico-militares.


O baixíssimo desempenho dos estudantes brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2022, recentemente divulgado, evidencia nosso enorme déficit educacional. Diante disso, o modelo cívico-militar apresenta números tão significativos que representam uma oportunidade para o Brasil deixar de figurar entre os países com níveis tão ruins na educação.


Pisa 2022
Fonte: Poder 360


As Frentes Parlamentares, tanto no âmbito distrital, uma iniciativa do deputado Thiago Manzoni, como no federal, são uma iniciativa importante para apoiar o retorno do programa, que se mostrou eficiente. A análise dos dados de melhora no ambiente escolar e de aprendizado das crianças e adolescentes, a disputa acirrada por vagas nessas escolas e a aprovação dos pais e da comunidade são razões mais do que suficientes para que mais escolas adotem esse modelo.


Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page