Escolas cívico-militares: diplomas de Honra ao Mérito reconhecem educadores e militares
- Ananda Moura
- há 1 hora
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Por iniciativa do Deputado Thiago Manzoni, a Câmara Legislativa realizou, na noite desta segunda-feira (15), uma reunião pública para a entrega de diplomas de Honra ao Mérito a gestores das escolas de gestão compartilhada, os colégios cívico-militares. A cerimônia reuniu educadores, gestores pedagógicos e disciplinares e membros da comunidade escolar, em um auditório lotado por profissionais que, diariamente, enfrentam os desafios da educação pública.

Em pronunciamento de homenagem aos gestores, Manzoni destacou que eles são “muito admirados e valorizados” e agradeceu pelas renúncias de tempo e de convívio familiar. Em tom emocionado, observou que o ano se encerra após “um milhão de batalhas”, pequenas e grandes, e que a presença de todos no auditório era prova de que ninguém desistiu no meio do caminho. “Eu quero que vocês saibam que tudo o que vocês passam no dia a dia vale a pena… vale a pena pra mim como cidadão, como parlamentar, como pai de dois filhos”, declarou.

A tenente-coronel Daniella Sellani Haddad Oliveira Menegassi, comandante do Batalhão de Policiamento Escolar, ressaltou que hierarquia e disciplina são determinantes para uma vida de sucesso. Para ela, a honra envolve “boas escolhas”, aprendidas diariamente pelos estudantes, especialmente quando ainda não têm maturidade para dimensionar consequências. Daniella descreveu os gestores como “heróis e heroínas” na condução do que é “bom, reto e justo” e afirmou que a missão do batalhão escolar “aquece o coração” por lidar com o futuro. “Poder trabalhar com o futuro nos enche de esperança”, pontuou.

O professor Wagner de Faria Santana, assessor especial para as políticas das escolas cívico-militares, resgatou o início do projeto em 2019, quando, segundo ele, havia “cara e coragem” para implementar as mudanças. Ele definiu a rotina de ser educador como “nadar contra a maré” e mencionou o apoio do deputado ao projeto. Wagner acrescentou que, com Manzoni ao lado, a equipe se sente bem, segura e apoiada, destacando a diferença entre o cenário atual e o vivido nos primeiros anos. Ao projetar 2026, reconheceu que haverá muito trabalho, mas disse acreditar que será “muito melhor”.

Na sequência, o coronel da PMDF Alexandre Lima Ferro, subsecretário das escolas de gestão compartilhada, agradeceu a Manzoni por acolher novamente os gestores na “Casa do Povo” e afirmou que o deputado não limita o apoio ao plenário: “vai a cada uma das nossas escolas”, ouve diretores, acompanha demandas e destina emendas parlamentares para fortalecer o modelo. Ferro explicou que as unidades são escolhidas com base em indicadores de vulnerabilidade e que, quando uma escola solicita a adoção da gestão compartilhada, isso costuma representar “um pedido de socorro”. Ele informou que, atualmente, são 25 escolas em funcionamento pleno e projetou expansão: com outras 14 em processo de votação, o DF pode iniciar o ano com 40 escolas, com perspectiva de chegar a 50, conforme missão atribuída pelo governador Ibaneis Rocha. O subsecretário também mencionou pautas defendidas pelo parlamentar, como a lei das câmeras em sala de aula, e enfatizou o empenho de gestores que, por vezes, tiram dinheiro do próprio bolso para viabilizar projetos.

Ao final do encontro, Manzoni retomou os impactos que, segundo ele, explicam por que o modelo de gestão compartilhada merece ser defendido: formar cidadãos melhores ao ensinar disciplina, hierarquia e honra, estimular boas escolhas e fortalecer o civismo. “É um modelo que funciona… dá bom resultado na educação”, reforçou.

O deputado também destacou a sinergia construída entre a dimensão disciplinar e a acadêmica e avaliou que, quanto maior a coesão, maior será o número de “vencedores”: gestores, professores e estudantes. “Eu tenho convicção de que esse é um modelo que veio para ficar”, concluiu.

Foram homenageados representantes da gestão compartilhada e das unidades escolares. Foram lembrados coordenadores, diretores pedagógicos, diretores disciplinares e supervisores vinculados à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros, abrangendo escolas nas regiões administrativas de Ceilândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II, Paranoá, Itapoã, Lago Norte, Recanto das Emas, Água Quente, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho, Taguatinga, Planaltina, Brazlândia e Estrutural.























