Brasil deve gastar R$ 441 bilhões com assistência social em 2025
- AnandaMoura
- há 21 horas
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27/10/2025 As políticas de bem-estar social adotadas no país continuarão demandando alto volume de recursos públicos. Segundo levantamento do Poder360, o Brasil deve desembolsar pelo menos R$ 441 bilhões em 2025 apenas com programas de transferência de renda e ações de assistência social conduzidas pela União, Estados, Distrito Federal e municípios.
Bolsa Família lidera os gastos
O Bolsa Família permanece como o maior programa social do país. Atualmente, beneficia 18,9 milhões de famílias — mais de 49 milhões de pessoas. Em 2024, o programa custou R$ 168,2 bilhões, o maior valor da série. Para o próximo ano, a projeção é de R$ 158,6 bilhões, em razão de um pente-fino que tem excluído beneficiários irregulares.
Mesmo com a dificuldade de contabilizar todos os atendidos em programas municipais e estaduais, o governo federal estima que Bolsa Família, BPC e Pé-de-Meia juntos atendam 29,4 milhões de pessoas — número que representa apenas uma parte do volume total de assistidos no país.
Gasto social dispara após pandemia
Os programas federais de transferência de renda devem representar R$ 398,5 bilhões dos desembolsos previstos para 2025. Seis iniciativas concentram a maior parte dos gastos: Bolsa Família, BPC, Auxílio Gás (Gás do Povo), Pé-de-Meia, Seguro Defeso e Garantia Safra.
Somente após 2020, os gastos sociais registraram forte escalada. O governo já desembolsou quase R$ 1,6 trilhão desde o início da pandemia, impulsionado, sobretudo, pelo Auxílio Emergencial, que consumiu R$ 352 bilhões em dois anos.
Expansão e correções
Com o aumento expressivo no número de famílias contempladas e no valor médio pago, o custo mensal do Bolsa Família saltou para R$ 12,9 bilhões em outubro de 2025, quase R$ 10 bilhões a mais que em janeiro de 2022, antes da ampliação promovida no governo anterior.
Para conter despesas, o atual governo reforçou a fiscalização, o que tem levado à exclusão de casos irregulares e reduzido o tamanho do programa pela primeira vez desde a pandemia. *Com informações do Poder 360