Lula deixa de divulgar temas de pesquisas encomendadas pelo Planalto
- Ananda Moura

- 25 de set.
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25/09/2025 O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva restringiu o acesso às informações sobre pesquisas de opinião encomendadas pelo Palácio do Planalto. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, até setembro de 2024 ainda era possível consultar, no site da Secretaria de Comunicação Social (Secom), documentos que detalhavam os temas avaliados. Desde então, os relatórios passaram a trazer apenas dados superficiais.

O que mudou
Antes, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), era possível acompanhar os tópicos analisados. No atual governo, os documentos indicam apenas critérios técnicos, mas omitem os assuntos e as finalidades. A Secom não se manifestou oficialmente, mas processos administrativos consultados pelo jornal alegam que os levantamentos são considerados “documentos preparatórios”.
Até agosto de 2024, pesquisas contratadas chegaram a medir a percepção dos brasileiros sobre temas como:
a atuação do governo nas enchentes do Rio Grande do Sul;
a crise no Oriente Médio;
e até a repercussão de uma operação sobre plano de atentado contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Após a divulgação desses tópicos pela imprensa, a Secom parou de detalhar os conteúdos nos relatórios e também passou a negar pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Justificativa oficial
Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, há registro de pagamento para 41 pesquisas, sendo cinco presenciais e as demais por telefone. Para justificar a omissão, o governo cita parecer da Controladoria-Geral da União (CGU).
A CGU argumenta que os levantamentos não constituem “dado frio” e que sua divulgação poderia prejudicar a formulação de políticas públicas, além de expor métodos de pesquisa das empresas contratadas. O órgão entende que os resultados só devem ser divulgados ao fim do mandato ou após a implementação das políticas avaliadas.









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