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Governo demite indicados do Centrão após derrota na Câmara

Atualizado: 15 de out.

14/10/2025

Após a rejeição da Medida Provisória (MP) do IOF na Câmara dos Deputados, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou uma onda de exonerações em cargos estratégicos ocupados por aliados do Centrão. As demissões atingem principalmente apadrinhados de Ciro Nogueira (PP-PI), Gilberto Kassab (PSD) e integrantes do União Brasil e do MDB.

Governo demite indicados do Centrão após derrota na Câmara
Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil

Segundo integrantes do Palácio do Planalto, as exonerações representam uma resposta política ao grupo que teria descumprido acordos prévios e contribuído para a derrota do governo na votação da MP. Apesar da ofensiva, o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi poupado, já que não participou da deliberação.


Cargos estratégicos atingidos

As substituições envolvem órgãos como Caixa Econômica Federal, Codevasf, Iphan, Dnit e superintendências do Ministério da Agricultura. Entre os nomes exonerados estão Lena Carolina Brandão, do Iphan no Maranhão — irmã do líder do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (MA) —, e Harley Xavier Nascimento, da Codevasf em Bom Jesus da Lapa (BA), indicado por Arthur Maia (União-BA).


Na Caixa, deixaram os cargos José Trabulo Junior, ligado a Ciro Nogueira, e Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, do PL. No Dnit, foi exonerado Igo Gomes Brasil, indicado por Helena Lima (MDB-RR), que votou contra a orientação do partido.


No Ministério da Agricultura, quatro superintendentes perderam suas funções: Everton Augusto Ferreira (MG), Wellington Reis Sousa (MA), Juliana Bianchini (PR) e Jesus Nazareno de Sena (PA), todos indicados por deputados do PSD.


De acordo com fontes do Planalto, Gilberto Kassab teria incentivado parte da bancada a se opor à MP, ainda que o PSD tenha se dividido — 20 votos favoráveis e 18 contrários.


Reação do Centrão

A decisão irritou líderes do Centrão. Um deputado afirmou que “não faz sentido punir aliados num Congresso já resistente ao governo” e alegou que a votação tratava apenas de retirada de pauta, não do mérito da matéria.


Outro parlamentar classificou as exonerações como “erro político” e acusou o governo de ameaçar o Legislativo em troca de cargos irrelevantes. “Se acham que podem governar sem a Câmara, que tentem. Estão contando demais com o Senado e o Judiciário”, afirmou.


Bastidores políticos

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, levou a Lula a proposta de rever indicações de cargos, e o presidente autorizou as mudanças. Nos bastidores, o governo reconhece que a reação pode endurecer o clima com o Congresso, especialmente em votações futuras de temas sensíveis, como o piso salarial e ajustes previdenciários.


O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), tentou minimizar o impasse: “Não dá para ser casado e ter vida de solteiro”, declarou, em referência à convivência entre o governo e aliados insatisfeitos.

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Thiago Manzoni é cristão, conservador e atua como Deputado Distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal defendendo a família, a liberdade, o empreendedorismo e a redução de impostos.

 

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