Audiência pública de Manzoni dá voz a familiares de presos políticos que clamam por anistia
- AnandaMoura
- 12 de set.
- 2 min de leitura
Encontro reúne autoridades no assunto e dá voz à indignação da população

No dia 11 de setembro de 2025, o Deputado Thiago Manzoni realizou uma audiência pública no plenário da Câmara Legislativa para discutir a anistia dos presos políticos decorrentes dos atos de 8 de janeiro de 2023. O encontro reuniu jornalistas, advogados e representantes da sociedade civil.

Ao abrir o evento, Manzoni ressaltou a coincidência da data da audiência com o julgamento do Presidente Jair Bolsonaro e de outros acusados no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o resultado já era esperado não pela existência de crime, mas pelo caráter de vingança.
“E era de se esperar não porque houve crime, mas porque esse processo é, na verdade, uma grande vingança”, afirmou.

O Deputado explicou que, para que essa vingança se operacionalizasse, foi necessário prender centenas de pessoas inocentes e, em alguns casos, abandoná-las à morte na cadeia, como no caso do Clezão. Manzoni lembrou que diversas pessoas foram condenadas a penas entre 14 e 17 anos de prisão e, agora, também a 27 anos para o Presidente Bolsonaro.
“Todos eles estão presos sem que a conduta tenha sido individualizada”, destacou.
A mesa de honra contou com a presença dos jornalistas David Ágape e Eli Vieira; da filha do falecido preso político Clezão, Ana Luiza Duarte da Cunha; do advogado de vários presos, doutor Hélio Garcia Ortiz Júnior; da doutora Bianca Cobucci Rosiere; e da pós-doutora em ciência política, Viviane Petinelli. Com participação remota, o debate também contou com o jornalista Marco Antônio Costa e o advogado Cláudio Caivano.

Durante a audiência, vários convidados se pronunciaram. Além da fala de Ana Luiza, outro orador que emocionou todos os presentes foi Evandro, pai de Lucas Brasileiro. Ele relatou que o filho, um jovem trabalhador e pai de família, entrou em um dos prédios apenas para se proteger das bombas lançadas pela polícia. Lucas foi preso, condenado e, mesmo para comparecer ao velório da avó, precisou ser escoltado por 35 policiais fortemente armados, como se fosse um criminoso de alta periculosidade.
O pai de Lucas também mostrou um vídeo de sua neta perguntando onde está o pai. Os participantes sentiram a dor dessa família, assim como a de centenas de outras que vivem a mesma situação.





















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